O governador Carlos Massa Ratinho Junior
participou nesta sexta-feira (30) da comemoração pelo aniversário de um
ano do Banco de Alimentos Comida Boa, da Ceasa Paraná. Com o objetivo de
aumentar a segurança alimentar, o projeto doa mensalmente cerca de 640
toneladas de alimentos processados e congelados para 348 famílias e
entidades sociais. Apesar de estarem em bom estado para consumo, os alimentos doados por
permissionários atacadistas e produtores da Ceasa não têm padrão de
comercialização e, por isso, eram descartados. Com o projeto, esses
produtos hortifrutigranjeiros passaram a ser selecionados, processados e
congelados, para depois serem enviados a famílias necessitadas. Participam do projeto as cinco unidades da Ceasa no Estado: além de
Curitiba, as de Cascavel, Foz do Iguaçu, Maringá e Londrina. Somente em
Curitiba, atualmente são 360 toneladas de alimentos processados por mês -
sete vezes mais que no início da iniciativa. Entre as entidades que
recebem esses produtos estão orfanatos, creches, hospitais públicos,
asilos e famílias em situação de insegurança alimentar. “O Paraná é um dos maiores produtores de alimentos por metro quadrado
do mundo. Não podemos admitir gente passando fome”, disse o governador
na solenidade, realizada na Ceasa Curitiba. “Esse é um projeto do qual a
gente tem muito orgulho porque, além da preocupação social, ele também
evita o desperdício de alimentos”. “São 40 mulheres que fazem esse trabalho de cuidado e higienização
do alimento, embalado a vácuo e congelado. Como resultado, estamos
falando de 30 carretas de alimentos por mês que eram jogadas fora e hoje
beneficiam centenas de famílias e de entidades”, acrescentou. O secretário da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara,
reforçou o aspecto social e de solidariedade do Banco de Alimentos. “Na
nossa sociedade, tão desigual, é de chorar que a gente perca alimentos e
não socorra quem precisa. Essa ação é fruto de uma visão estratégica, e
nos permite higienizar e fazer um processamento industrial para guardar
alimentos e entregá-los às famílias que precisam”, destacou. A importância do trabalho para combater a fome durante a pandemia foi
ressaltada pela gerente do Banco de Alimentos na unidade de Curitiba,
Jaqueline Macedo. "Neste ano, contamos com uma equipe de trabalho que
aumentou em sete vezes a nossa arrecadação. Ampliamos em mais de 30% a
quantidade de pessoas atendidas na Capital, chegando hoje a mais de 60
mil por mês, com esse alimento que seria descartado”. RESSOCIALIZAÇÃO – Além da nutrição e
segurança alimentar para famílias vulneráveis, o Banco de Alimentos
Comida Boa também promove a ressocialização de mulheres presas, que
integram a equipe de processamento de alimentos. São cerca de 40
mulheres que colaboram na área da cozinha. “Sou muito grata a esse projeto porque só a partir de agora que a
nossa família acredita que a gente quer recomeçar”, destacou Vanessa do
Rocio de Lima Chagas, que há oito meses trabalha na Ceasa Curitiba. O processamento dos alimentos começa pela seleção e higienização dos
alimentos que estão próprios para serem utilizados. Dependendo do
vegetal, há um processo de branqueamento, que consiste em um choque
térmico para preservá-los por mais tempo. Na sequência, passam à sua
preparação, embalagem à vácuo, congelamento e distribuição. Entre os
produtos finais estão cenoura, chuchu, abobrinha, manga, maracujá, molho
de tomate, doce de goiaba, entre outros. CEASA AMIGA – Além do primeiro
aniversário do projeto, também foi comemorada a entrega de 60 toneladas
de alimentos arrecadados pela unidade de Curitiba durante a campanha
nacional contra a fome Ceasa Amiga, liderada pela Associação Brasileira
das Centrais de Abastecimento (Abracen). A ação contou coma parceria do
Sindicato dos Permissionários da Ceasa Curitiba (Sindaruc).
Hortifrutigranjeiros e cestas básicas foram doados, ao longo de toda a
semana, por permissionários, atacadistas e produtores da região. O diretor presidente da Ceasa Paraná, Éder Bublitz, explica que essa
foi a maior arrecadação já realizada pela instituição. “Já fizemos
grandes campanhas, mas esse é o nosso recorde de arrecadação. Foram em
torno de 60 toneladas de gêneros alimentícios, tanto em
hortifrutigranjeiros, que é nosso grande volume e diferencial, como
alimentos secos em geral, como arroz, feijão, farinha de trigo e café.
Foi uma ação muito bonita, que vai atingir comunidades carentes de
Curitiba e região metropolitana em um momento tão difícil como o que
estamos passando”, disse. As doações são destinadas a comunidades de Curitiba, Araucária e
Antonina. Através da Central Única das Favelas (Cufa), serão abarcadas
as comunidades da Vila Pantanal, da Caximba e a Central Cultural do
Boqueirão, além da Federação das Associações de Moradores de Araucária
(Feamar) e do município de Antonina. A ação contou com apoio da Defesa
Civil, que disponibilizou dois caminhões para apoio na entrega dos
alimentos. PRESENÇAS – Compareceram ao evento a primeira-dama e
presidente do Conselho de Ação Solidária, Luciana Saito Massa; o
vice-prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel; o prefeito de Antonina, Zé
Paulo; o deputado estadual Alexandre Curi; o presidente da Federação dos
Trabalhadores Rurais Agricultores Familiares do Estado do Paraná
(Fetaep), Marcos Brambilla; o presidente do Sindaruc, Paulo Salesbram; e
representantes das entidades que irão receber as doações: Central Única
das Favela, Comunidade da Caximba, Vila Pantanal e de comunidades do
município de Antonina e Litoral.
Fonte: AEN