Finalistas da última Liga das Nações, seleções voltam a se enfrentar na abertura da segunda fase da competição, nesta terça, às 12h15

O encontro já estava previsto. Mas, ao dar de cara com a Itália logo na primeira partida da segunda fase, o tempo acelerou. Nesta terça-feira, o Brasil encara as rivais em um duelo de favoritos ao título do Mundial feminino de vôlei. A seleção de José Roberto Guimarães tenta manter a postura da boa vitória sobre a China, no encerramento da primeira fase. Do outro lado, as italianas põem a invencibilidade à prova.

No Mundial, cada equipe classificada para a segunda fase carrega os resultados da primeira etapa. A seleção, por isso, ainda sente as dores da queda para o Japão. Com 12 pontos conquistados no grupo D, o Brasil vai brigar por uma das quatro vagas rumo às quartas de final.

Depois de terminar na terceira posição de seu grupo na primeira fase, o Brasil larga atrás. A seleção começa a segunda etapa na quinta posição do grupo E. A Itália, com 15 pontos, lidera, logo à frente, também, de China, Bélgica e Japão, todos com 12 pontos. Ainda que tenha a mesma pontuação dos rivais, a seleção leva a pior nos critérios de desempate – média de sets e pontos.

Invicta até aqui, a Itália ainda não mostrou todo o seu potencial. Apesar de ter vencido todos os jogos da primeira fase, teve altos e baixos nas cinco partidas que disputou até aqui. As atuais campeãs da Liga das Nações, porém, contam com a força de Paola Egonu. Melhor atacante do mundo na atualidade, a oposta é a principal arma do time rival.

Capitã do Brasil, Gabi conhece bem a rival. As duas duelam pelo posto de melhor jogadora do mundo da atualidade. A ponteira brasileira, porém, acredita que o principal é manter a agressividade da vitória contra a China


- A Itália é um dos grandes favoritos. Mas vai ser bom para a gente, já começar essa fase com muita agressividade, sabendo que a gente precisa entrar com tudo. Foi exatamente assim que terminamos a primeira fase, na partida contra a China. Conversamos muito sobre como foi nossa energia, nossa agressividade e comportamento dentro de quadra. É o que a gente quer fazer. Claro, estudar a Itália, entender o que a gente pode fazer para buscar o melhor da Egonu e dificultar a vida dela contra a gente - disse Gabi.


Zé Roberto concorda. Ao analisar o forte time da Itália, vai além de Egonu. Espera, porém, que o time mostre a disposição da partida contra a China. No treino de segunda-feira, o primeiro em Roterdã, o técnico repetiu à exaustão as possibilidades de ataque da oposta. Orientou nos posicionamentos, mexeu no bloqueio. Tudo para preparar o time para o duelo desta terça.

- A Itália é um time que está em uma fase muito boa, campeã da Liga das Nações. É um time muito consistente, no seu poder ofensivo e defensivo também. O ponto mais forte, na saída de jogo e nos contra-ataques, é a Egonu, uma das melhores atacantes do mundo, se não for a melhor. A gente precisa ter saque e bloqueio agressivos. Principalmente nos momentos mais críticos do jogo, com certeza é a Egonu quem vai receber essa bola.

Detalhes do confronto entre Brasil e Itália

Total de jogos: 77
Vitórias do Brasil: 59
Vitórias da Itália: 18

  • Brasil e Itália voltam a se enfrentar após quase 3 meses. A última partida foi em julho, na final da Liga das Nações. A Itália levou a melhor na ocasião, vencendo por 3 sets a 0 (25/23, 25/22 e 25/22);
  • Brasil e Itália têm um retrospecto recente equilibrado. Nas últimas 10 partidas entre as seleções, foram seis vitórias do Brasil e quatro da Itália;
  • Brasil e Itália voltam a se enfrentar em um jogo de Mundial após oito anos. O último confronto em Mundiais foi na edição de 2014: Brasil 3x2 Itália, na disputa pelo 3º lugar;
  • Esse será o quarto jogo entre Brasil e Itália na história dos Mundiais. Nos três confrontos anteriores, foram 3 vitórias do Brasil:
    - 1990: 3x0 (15/5, 15/4 e 15/11);
    - 2010: 3x0 (25/16, 25/19 e 25/7);
    - 2014: 3x2 (25/15, 25/13, 22/25, 22/25 e 15/7) - disputa pelo 3º lugar

Formato de disputa

Na primeira fase do Mundial, os países foram divididos em quatro grupos de seis e os quatro mais bem colocados de cada chave avançaram. Agora, as equipes se juntam em dois novos grupos, E e F, para a segunda fase, sem repetir os confrontos da etapa anterior, e as quatro primeiras de cada chave avançam às quartas de final. A decisão do Mundial acontece no dia 15 de outubro, em Apeldoorn, na Holanda.

Bicampeão olímpico no vôlei feminino, o Brasil busca um inédito título no Campeonato Mundial. A seleção foi vice-campeã em três oportunidades, perdendo uma vez para Cuba e duas para a Rússia. O último Mundial Feminino foi disputado em 2018, no Japão, e as brasileiras não passaram da segunda fase.

Jogos do Brasil na segunda fase do Mundial

Terça-feira - 04/10
12h15 - Itália x Brasil


Quinta-feira - 06/10
11h - Brasil x Porto Rico


Sexta-feira - 07/10
15h15 - Brasil x Holanda


Sábado - 08/10
12h - Brasil x Bélgica



Fonte: ge.com

Texto: João Gabriel Rodrigues


















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