O Governo Municipal de São Miguel do Iguaçu, por intermédio da secretaria de Educação, realizou na sexta-feira, 27, no CTG Querência Amada, uma formação para os professores das Escolas Municipais com a psicóloga e professora da Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (AMOP), Francielli Pereira Gozzi Freiberger, com o tema Transtorno do Espectro Autista. Na segunda-feira, 30, foi com os professores e diretores dos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEI’s), no Centro de Convivência do Idoso.

O Transtorno do Espectro Autista é um transtorno do neurodesenvolvimento que envolve muitas características e que, por isso, gera muitas dúvidas no trabalho pedagógico. “A formação continuada dos professores acerca desse tema é fundamental porque a cada momento surgem novas informações desse transtorno”, destaca a psicóloga Francielli.

Não existe uma receita de como tratar esse transtorno. “Existe um estudo de cada caso, de cada aluno, de cada família e que vai gerar muitas dúvidas e buscas para melhor atender essa criança”, lembra a psicóloga.

Os transtornos observados hoje são grandes e causam muitos prejuízos. “Por exemplo, outro transtorno é o de déficit de atenção. O QI (Quociente de Inteligência) da criança é preservado, mas ele tem uma agitação tão constante que não consegue parar, prejudicando em muito o seu aprendizado”, observa Francielli.

Para a coordenadora da Escola Anita Garibaldi, de Aurora do Iguaçu, Dione Elenice Mohler Martelo, essa formação é importante porque as escolas estão recebendo muitos alunos com esse transtorno. “Somente na nossa escola temos 04 alunos autistas que procuramos atender da melhor forma possível, e essas formações nos auxiliam muito”.

Segundo a professora Ângela Maria Monteiro Guadagnin, da Escola José Francisco de Oliveira, que já trabalhou com a Educação Especial, o maior desafio é conhecer o aluno. “Depois disso, precisamos trazer a família e a escola toda para trabalhar junto com a gente”. Ângela cita que sua experiência com a Educação Especial foi muito boa. “Gratificante e de muito aprendizado. O meu interesse se tornou maior pelo trabalho quando meu filho foi diagnosticado com o transtorno”, finaliza a professora.

Para atender essas crianças, a secretaria municipal de Educação disponibiliza um atendimento educacional especializado – complementar ao ensino regular – oferecido com apoio de Salas de Recursos Multifuncionais, mobiliários, materiais pedagógicos e de acessibilidade.

Os professores e alunos da Educação Especial são acompanhados pela equipe multidisciplinar da secretaria de Educação, composta por fonoaudióloga, psicóloga, psicopedagoga, assistente social além de uma coordenadora de Educação Especial e outra da Equipe Multidisciplinar.

Segundo a secretária de Educação, Solange Gamba Motta, os profissionais têm formação continuada para atender cada vez melhor todas as crianças.

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