O Governo Municipal de São Miguel do Iguaçu, por intermédio da secretaria de Educação, realizou na noite de terça-feira,15, no Centro de Convivência do Idoso, uma formação para os professores da Rede Municipal de Ensino e pais sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), com a psicóloga e professora da Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (AMOP), Francielli Pereira Gozzi Freiberger.

Cerca de 180 pessoas ouviram a psicóloga esclarecer e informar que o TEA é um transtorno do neurodesenvolvimento que envolve muitas características e que, por isso, gera muitas dúvidas no trabalho pedagógico. “A formação continuada dos professores acerca desse tema é fundamental porque a cada momento surgem novas informações desse transtorno e, quanto aos pais, quanto maior o conhecimento melhor para saber lidar com seu filho”, destaca a psicóloga Francielli.

Não existe uma receita de como tratar esse transtorno. “Existe um estudo de cada caso, de cada aluno, de cada família e que vai gerar muitas dúvidas e buscas para melhor atender essa criança”, lembra a psicóloga.

Os transtornos observados hoje são grandes e causam muitos prejuízos. “Por exemplo, outro transtorno é o de déficit de atenção. O QI (Quociente de Inteligência) da criança é preservado, mas ele tem uma agitação tão constante que não consegue parar, prejudicando em muito o seu aprendizado”, observa Francielli.

Para a professora Tangriane Aparecida Silva, da Escola Rural Municipal Ipiranga, foi um momento de aprendizado fundamental, tendo em vista ser a primeira formação específica sobre o assunto. “Hoje não tenho aluno com esse transtorno na minha sala, mas a qualquer momento pode acontecer e preciso estar preparada”, contou.

A professora Valdelene Guilherme Carneiro, do Centro Municipal de Educação Infantil Maridi Mendes Leandro, citou que essas formações são importantes porque é um tema em que as informações ainda são poucas, mesmo por parte da ciência. “Também foi minha primeira vez participando de formação sobre esse tema”, informou.

A mãe de uma criança autista, Deloni Aparecida Demari, destacou que um dos primeiros profissionais a alertar a família foram os professores dos CMEI’s. “Elas disseram para nós que alguns comportamentos precisavam ser avaliados por um profissional e foi a partir daí que diagnosticamos o transtorno e buscamos tratamento”, disse.

Segundo a secretária de Educação, Solange Gamba Motta, os profissionais têm formação continuada para atender cada vez melhor todas as crianças. “É de suma importância essa ligação entre pais e professores para dar o melhor apoio às crianças que tem esse transtorno”.

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